quarta-feira, 28 de março de 2012

Liberdade para sonhar

Nas rodas de conversas
Escuto à beça!
O que querem de mim
ou que sonham pra mim
pra si, ali, é de rir...
Sonho não se impõe
Se auto- compõe!


Não me vejo,
no vilarejo...
de tanta de destruição, rancor, depressão.
Almas a vendas,
pessoas pequenas...
Ganância mopolista,
erradicando as rosas,
e perseguindo independências...
censurando minha permanência.


Não preciso de trono, apartamento, ratos
dinheiro em abundância,
vizinhos em vigilância,
status para o meu ego,
prefiro seguir o que eu quero.


Quero algo novo...
voar sobre o horizonte,
atravessar minha ponte...
Superar-me e sobrevoar
por todo o mar, então repousar
e avistar do cume calmo...
uma casinha de sapê,
satisfazendo todo meu querer...


Quero casar com a minha solidão
viver na minha mansão
de verão...
alicerçada por sonhos
e decorada por numerosas experiências,
de uma valorosa vivência.


Alimentarei da bondade,
e de toda simplicidade,
residente nas boas lembranças
do tempo de criança.


Liberdade,
de verdade...
Te quero, te venero, te espero!

segunda-feira, 26 de março de 2012

A insônia me lembra você

Eu não gosto de pensar no fim,
é tão cruel imaginar uma despedida
ou o adeus distante, de quem ainda se deseja...
a toda instante!
Preferia viver outra vez,
o erro de enlouquecer por você!
Foi em cada descompasso, que encontrei
oxigênio para sentir, sentimentos antes tão vagos,
imaginários.

Talvez, eu tenha te perdido no dia em que te encontrei
exatamente naquele beijo...
Labirinto sem saída, confundindo meu trajeto,
perdendo-me em cada um dos seus lindos gestos.

Os pensamentos já fazem parte da minha insônia
a saudade já me abate
de tal maneira, que eu te queira!
Eu já não sei se sou refém, ou apenas apreciador
dessa imensurável dor.
Insurgente do entender
de tanta saudade que eu tenho de você!



Além do que deveria ter sido

Ela veio serena,
e de tão pequena
Conquistou um espaço
da grandeza de cada abraço...

Sinto falta dos seus carinhos sinceros,
e também do seu cheiro...
Seus abraços findáveis,
e seus beijos amáveis!

Contemplar seu feitio misterioso,
apreciar sua cumplicidade
Traziam-me uma paz
Desejada pela Humanidade!

Nossos afagos repletos de dúvidas
reacendiam as juras,
renováveis acerca de velhas posturas

Com o passar dos dias, meses...
O decorrer do tempo
fez com que o sentimento
eternizasse cada momento...

Esperança

I

No passeio, vagando pela rua
Debaixo da ponte ou
em meio aos livros na estante.
Encontra-se a esperança
de um criança ao nascer
Chorando ao prever
os riscos de viver...

Apesar do choro,
a coragem de encarar o desconhecido...
Abre caminho para uma luz
que ilumina e conduz.

Bem como, a planta que nasce
na aridez do sertão
Em meio ao desprezo no lixão
Faz-se presente
simplesmente contente...

Sem dizer onde irá aparecer,
A semente do amanhecer
Ao reluzir de cada raio de sol
No pico das montanhas,
Surgem façanhas, anunciando boas novas
Cultivadas pela esperança


 II

Durante as guerras, emergirão bandeiras brancas
ódio não fará parte das lembranças...

Quando o homem clamar por esperança,
O amor não viverá de frases feitas
Ou fórmulas perfeitas
Será livre para perseguir corações
e quem ditará as regras serão as emoções!

O ser humano colherá frutos da utopia
que já será realidade...
abolindo rancor e maldade!
Faremos da filosofia e da arte,
A vontade de quem nunca teve oportunidade...

A violência se tornará benevolência,
Presídios não serão martírios,
e darão lugar as escolas
que um dia foram esmolas!

A.linda

Já faz tempo que os seus olhares
e sua malícia, 
são sinônimos de pistas...
Seguidas pelas braçadas
mergulhadas na hipnóse do seu olhar,
arrematador como o luar.

Seus envolventes jogos
despretenciosos, apenas para me entreter
Objetivando me ver, ajoelhado por você.
Como não pedir mais?
Sempre caio na velha armadilha,
que você cria, apenas por criar.

Sabes  que tenho uma queda,
quase profunda, pela impossibilidade
de  te acariciar...
Ah, linda menina!
Traduzida no nome 
O que de fato é,
Um presente de mulher.

Sorte do homem que conquistar
 as batidas do seus coração
precioso, e raro como ouro.
Quem me dera sonhar com insignificativa possiibilidade
de espera,
pela mulher que tanto me desespera.

Degustando contrastes

A vida é como um prato de comida
Apodrece no excesso
e falta na poesia de muitos versos
Saboreada impiedosamente pela ganância do nobre,
e suplicada na oração do pobre!

É degustar o arroz e o feijão,
Dias sim, dias não
Acompanhado de carne ou macarrão
É ansiar pelo doce de maracujá
para acalmar a labuta de quem se cala, e não escuta
O desejo do paladar!

A mesmice do amargo,
travestido de desejo...
Que se passa pelo queijo
e insiste em nos faltar!

A fome nos devora, 
Acaricia nosso vazio,
Alucinado pelo mel que percorre nosso beiço
sempre no recomeço de algo a terminar...

Sobras que nos restam,
a pagar o preço
de nos sujeitarmos a força do destempero
do lucro sobre o desespero!

Entrelinhas da realidade

Meus olhos captam
a cada despertar matinal,
a desordem dos meus dias.
Semelhante ao bem e o mal
presente nas notícias de jornal. 

O café sobreposto às páginas lidas,
demonstram o desinteresse de quem lê,
mas não crê...

Todo realismo fictício
Minunciosamente moldado
para atender interesses 
de quem se beneficia com toda alienação
Propagada em reação
a insatisfação de uma fração 
minoritária da população.

Se você parar pra pensar,
nós fazemos opressão a toda indignação,
que brota do entender,
que toda injustiça social
é fruto inércia que nos rende.

Nossa mente não crê em tudo que vê
e se espanta ao ver
que todo mundo que lê
compreende, mas não entende

Todo aquele mal propagado pelo jornal
tem que servir de sinal para mudar o imutável.
Mas a questão é histórica,
a história produziu seus próprios antagonistas
e cabe a eles mudarem de papel,
para não tornarem-se réus.

A semente da revolução nasce em nossos corações,
só depois de cultivá-la,
podemos socializa-la,
Para juntos, produzirmos uma ação contrária.


Palavras perdidas

Palavras já não fazem sentido,
ou talvez nunca fizeram
Mas hoje meu peito tá apertado,
saturado, completamente revoltado!

Não posso nada, quiçá nem devo
Queria não poder atormentá-la 
com minha dor,
Porém sei que não é dessas 
que se preocupas com o pudor.

Queria só te observar,
apreciar seu jeito...
Embora louco de desejo,
evitaria te tocar.

Eu só quero você,
mesmo que meu querer
Seja não te ter,
podendo até mesmo te perder!

Eu te amo,
em cada desencanto
e em todo pranto...
Insisto em reviver
o máximo de mim
pelo mínimo de você!



domingo, 25 de março de 2012

O gosto amargo das despedidas

Hoje poderia ser só mais uma noite, com uma daquelas confortáveis lembranças, nas quais me refugiei em diversas outras noites. Mas, o sombrio céu noturno, trouxe-me uma preocupação inquietante. O futuro, impaciente, alertar-me, lembrando que o medo de perder algo que eu nem sei se possuo mais, está chegando, ou talvez, tenha chegado neste instante.

São coisas que por mais que esperamos, ao acontecer, ainda nos surpreendem. Sinto saudades das minhas saudades e medo do quão distante elas podem estar de mim, o medo agora é mescla de desejo e impotência. E a data de validade de um sonho inviável, apresenta-se de maneira devastadora. Por mais que, ao fechar dos meus olhos, eu insista em construir tudo aquilo que as circunstâncias me impossibilitaram, chega o momento do ópio surtir efeitos contrários.

Ao mesmo passo que, tento ocupar os vazios latentes em meu peito, os sentimentos acabam por tornar cada vez mais notória e irreversível a extensa camada que perfurou campo férteis e fatais, por algo que até então me fazia tão bem, e agora, já não está ao meu alcance. Muitos erros, encobridos pela saudade, e pela sensação de bem-estar que precedia tanto receio. Talvez, seja a hora de uma despedida definitiva desta vez, mas não de caráter físico, e sim, emocional.


terça-feira, 13 de março de 2012

Menos regras, mais amor!

Os relacionamentos findáveis acabam sendo estigmatizados como maléficos. Relacionamentos não precisam durar para sempre, como nos contos de fadas, para terem valido a pena. A convivência com outra pessoa é um momento no qual você está feliz com aquela pessoa, por mais que aquilo venha a ter um fim, seja ele trágico ou não. O relacionamento é um processo de crescimento e amadurecimento dos envolvidos, se conduzido de maneira saudável  - pautado no respeito e na sinceridade. 

Não deu certo? Faz parte, a vida continua. Ignorar os bons momentos que um ser humano passou ao lado do outro simplesmente porque teve um fim, é ignorar um pedaço de sua vida. Momentos são únicos, e se uma pessoa te satifez plenamente em uma oportunidade, e você proporcionou o mesmo a ela, é algo louvável. O tempo traz novos horizontes, que muitos vezes separam dois caminhos, que pareciam desembocar na eternidade da paixão. 

Muita gente prefere ficar na mórbida e dolorosa fase ''vingativa'', querendo mostrar para o ex-companheiro(a) que está bem e feliz - por mais que não esteja - e a verdade é que, aquela encenação infantil não faz sentido nem para quem submete-se a um papel tão ridículo. Devemos valorizar os bons momentos, compreender o final de algo que um dia foi tão grandioso ao ponto de unir duas pessoas. Pessoas iniciam namoros ou casam-se, depois se separam e assim sucessivamente, ou até mesmo conseguem manter acessa a chama do amor por toda a vida. 

Cada um é cada um, a lógica moralista do roteiro que devemos seguir rumo à felicidade, que inclui o casamento nem sempre é o melhor caminho e não deve ser tomado como parâmetro de qualidade. O casamento é um caminho, mas quem optar por outros relacionamentos também pode ser feliz, ou até mesmo mais feliz. O relacionamento, seja ele de qualquer natureza, é construído pela intensidade da paixão, amor ou qualquer outro sentimento inominável. Não existe fórmula, roteiro, príncipe encantado, muito menos princesas. Existem seres humanos, que se completam ou tem atração por serem opostos ou iguais, tanto faz, o que importa é está ao lado de quem desejamos. O sentimento de felicidade simplesmente por estar em companhia de alguém capaz de despertá-lo.

O grande problema  dos relacionamentos terminarem de maneira rápido ou banal, é a forma como são conduzidos. Em inúmeros casos não são os protagonistas do romance que escolhem seu destino, muitas vezes eles apenas trilham um caminho sugerido ou imposto pela sociedade, de acordo com dogmatismo religioso ou com o moralismo dominante. O ser humano precisa amar mais, e se preocupar menos com as regras. Porque aprisionar o ser amado, fará com que a sensação de liberdade seja desejada novamente, dessa forma, o homem ou a mulher acaba buscando meios de preencher aquele vazio, seja com traições ou coisas do gênero. O amor é para sentir, não pra ser jogado de acordo com regras impostas. Relacionamentos tendem a dar certo quando construídos em conjunto, imune aos julgamentos externos, baseados no que a sociedade acha correto. Quando as pessoas se amam, não existem regras, existe amor.

Celebremos mais o amor, e menos contratos perante autoridades sobrenaturais. O amor por si só é uma declaração verdadeira de felicidade. Relacionamentos começam, duram até que a morte vós separe, ou acabam perante um juiz. O importante é valorizar e respeitar os lindos momentos de amor passados ao lado da pessoa que um dia foi (é) amada, o fim - caso houver - é um detalhe, importante apenas para o recomeço. Amar não é acomodar-se, amar é reconquistar diariamente a pessoa que se ama e dá motivos para ser reconquistado. É provar para seu parceiro (a) porque vale a pena manter um relacionamento. A monotonia fica sempre a espreita, esperando o momento certo para destruir tudo que parecia interminável. Menos monotonia, e mais reconquista. Menos regras e mais amor!