A vida é como um prato de comida
Apodrece no excesso
e falta na poesia de muitos versos
Saboreada impiedosamente pela ganância do nobre,
e suplicada na oração do pobre!
É degustar o arroz e o feijão,
Dias sim, dias não
Acompanhado de carne ou macarrão
É ansiar pelo doce de maracujá
para acalmar a labuta de quem se cala, e não escuta
O desejo do paladar!
A mesmice do amargo,
travestido de desejo...
Que se passa pelo queijo
e insiste em nos faltar!
A fome nos devora,
Acaricia nosso vazio,
Alucinado pelo mel que percorre nosso beiço
sempre no recomeço de algo a terminar...
Sobras que nos restam,
a pagar o preço
de nos sujeitarmos a força do destempero
do lucro sobre o desespero!
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