domingo, 31 de julho de 2011

Coisas do coração

Basta uma noite para tudo mudar, tudo seguir o inesperado, bastou eu te encontrar. Sai de casa sem pretensão e voltei fazendo planos, de um futuro tão distante, tão surreal. Foi assim que me senti ao te olhar pela primeira vez, ao te descobrir. E até então, eu vivia sem imaginar que depois de tantas decepções, tantos encantos e desencantos, viria o momento que eu teria que me entregar a algo. Confesso que ainda venho fazendo-me de forte, tentando controlar quando meu coração dispara, quando meu pensamento prende você e até quando meu coração sente sua presença, por mais distante que você esteja.

Não foram muitos momentos ao seu lado, mas foram inesquecíveis. A sede que tenho dos seus beijos tornarem-se constante e o gosto dos seus lábios presos a mim, não saciam mais essa vontade. E a partir de então, uma noite qualquer, se tornou a noite dos meus sonhos. E digo dos meus sonhos, pois de fato, é ao fechar meus olhos para dormir que busco você e por incrível que pareça você está lá, sempre a minha espera. Quem dera fosse assim à vida real. Quem dera o raio da paixão alvejasse também o seu coração. O mais incrível é que o momento que não se perdeu no tempo e fico colado a minha memória, é o entrelaçar de nossos olhares. Momento este, que me faltaram às palavras, e meus olhos disseram tudo que meu coração temia dizer. E temia com razão, afinal, foram tantas as vezes que sofri ao revelar segredos para as pessoas erradas.

Quiçá, eu esteja enganado e você seja só mais uma tentativa em vão, de querer que o inimaginável se torne real. Sei das limitações, e principalmente das condições desfavoráveis que teria que lidar ao brigar pelo seu amor. Outra paixão já conquistou o seu coração, e foi a ela que você se rendeu, sem nenhuma resistência.  E talvez, tenha sido melhor assim, pequenas derrotas antecedem grandes vitórias. Mas até eu me conformar com a perda sem luta, diga-se de passagem, vou ter que conviver com as intensas batidas do meu coração ao lembrar você, e com as boas lembranças do que passamos juntos.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cilada

Uma dessas noites acordei assustado, fiquei sem ar por alguns segundos, meu coração disparou, até que entendi onde estava e que tudo estava aparentemente sob controle.  Logo me lembrei do porquê do susto e de onde estava vindo.  A insônia tem abatido sobre meus dias mais nebulosos, os desejos mais insanos têm tomado conta de meu pensamento e a vontade de modificar o que não depende de mim,  tem sido intensa. Tenho buscado em vão me controlar, em meio a tanto descontrole. E foi em uma dessas noites que decidi deixar tudo para trás e recomeçar, mas parece que a vida nos coloca em ciladas, de acordo com o desejo de nosso coração. E ao que parece,  o caminho que decidi seguir, após poucos passos desembocou no mesmo lugar que havia decidido abandonar.

Quanto mais você afirma ser capaz de controlar, mais você é controlado. É preciso cuidado ao afirmar hoje, pois o amanhã pode nos contradizer. Então, você se vê capaz de querer o que mais despreza.  A vida traz nossos maiores desprezos disfarçados,  e até percebemos que tudo é simplesmente um disfarce, porém o que os olhos captam, o coração distorce e a razão acata. A razão sempre perde a briga com os disparar da impulsividade que nos aflige. É preciso calma, sabedoria e muita reflexão. A sobrevivência nos torna capaz e aptos a aprender coisas contra a nossa vontade, que nos tornarão verdadeiros mestres na arte de destrinchar caminhos e superar fronteiras.

                              


sábado, 9 de julho de 2011

Desmascarando a vida.

Faz um tempo que aprendi que confiança é algo que não está presente neste Universo. Alguns irão me taxar de lunático, e talvez eu seja. A verdade dói,  e é por isso, que ela é pior inimiga da felicidade. Descobri isso recentemente da pior maneira. Fico feliz, antes tarde do que nunca. Lamento apenas pelas pessoas que não descobrem isso antes do último suspiro de vida.

O que seria essa tal de confiança? E esse negócio que eles chamam de felicidade ? Alguém já viveu isso de verdade ?  E se eu te dissesse que tudo que vivemos não passa de uma farsa?  Vou te falar uma verdade, ou melhor, um ponto de vista. A felicidade é uma ilusão, que se torna realidade por um breve momento, e quando acaba, nos contentamos apenas com as lembranças.

Confiar ou não confiar ? Opte pela segunda opção sempre que seu bom senso permitir. A vida nos dá uma surra de aprendizado, mas nós pecamos por nos entregar a sedução da falsidade. Tudo que é falso seduz, logicamente até o momento que você descobrir que determinada coisa era falsa.

Pessoas enganam pessoas. Com que frequência? A todo momento. Pior do que uma pessoa nos enganar, é ser enganado por nós mesmos. A doce ilusão de ser enganado é uma das coisas mais prazerosas que temos a oportunidade de viver. Nem tudo que seduz é bom, e nem tudo que é bom seduz. Aprecie enquanto puder, porque tudo será por menos tempo que a gente imagina.

Rompi com o mundo e te digo, meu amigo (a), estou bem melhor assim. Parei de viver lá, pra viver aqui. Lá nesse Mundo, as conveniências regem as regras do bem estar social. Passei a viver meu Mundo e fazer o que acredito, me sinto mais vivo, mais distante das pessoas e mais próximo de mim.  Os olhos vão se fechando e avaliando o quanto um plano mal executado pode nos custar. Hoje digo sim, amanhã digo não, posso está próximo de perder a razão. Não aguento mais viver o que me vicia, me consome e me alegra. Foi então que decidi buscar o que estava perdido.

                                    

domingo, 3 de julho de 2011

Beco sem saída

Entre uma dose de aguardente e um copo de cerveja começo a perceber o quão emblemático são as amizades em minha vida. Entre uma batida e outra do meu coração começo a sentir indícios do fim. Começo a me cansar de algumas pessoas e a sentir falta de outras não tão valorizadas até então. A nostalgia vai chegando, sentando e esperando na minha humilde e complicada residência, chamada vida. São pequenas coisas que alteram nossos planos, coisas que não dependem da gente, e sim da sorte, que nos é imposta. Na vida nos é permitido fazer inúmeras escolhas, no entanto, nem tudo está na nossa alçada. E é nesses momentos que perdemos o controle de situações estratégicas e começamos a indagar, será se vale a pena? Tudo vai acontecendo de forma meteórica em determinada rotatória. Avalanche de oportunidades e opções limitadas nos fecham em situações completamente inusitadas.

A vontade de larga tudo é constante, infelizmente decisões covardes não fazem parte do meu feitio. Procuro em conversas regadas a um bom álcool, algo que me dê alento. Fecho meus olhos e me perco em mim mesmo. Vou andando pelos meus pensamentos e me sinto tão sozinho, em uma solidão recheada de planos, objetivos e frustrações. Abro os olhos e vejo pessoas que têm muito pra ensinar e aprender. Outras exalam arrogância e se julgam sábios professores, porém não passam de péssimos alunos. Pessoas que não são nada e nunca serão nada.

Pegarei minha mochila, comprarei um caderno e um lápis. Então seguirei minha luta. Anteciparei planos futuros e não deixarei que o tempo carregue consigo as minhas esperanças. No fim, deixarei com os meus aliados, ideias construídas em conjunto, para que possam ser semeadas em cada canto desse universo. Nada me fará parar, pois sou apenas o que minhas ideias representam. Minha ausência não me impedirá de atingir os obejetivos.

Faço de cada conversa uma aula, onde serei mestre e aprendiz. Farei de mim o melhor ouvinte. Cada palavra é anotada em meu caderno. Cada conversa será refletida ao fim do dia. É assim que deve ser nossa caminhada, principalmente quando você se sente próximo daquilo que mais teme, detesta e não tem armas para puder destruir. O leitor desse texto pode até não compreendê-lo agora, mas entenderá um dia. A vida nos apresenta os quebra- cabeça diariamente, você pode até não desvendá-lo na primeira investida, mas quando estiver em um beco sem saída lembrará de antigos e indesvendáveis quebra- cabeça. Então, o ser humano se sentirá o mais sábio homem do Universo. É no fim que entendemos o começo.