O mundo anda tão complicado, as pessoas se fecham dentro de suas bolhas com seus amores ''inabaláveis'', suas relações, preocupações e perspectivas profissionais, o ser humano está ficando cada vez mais egocêntrico, isolando- se em seu mundo e se desconectando da realidade coletiva. Esse contato entre mundos fragmentados dentro de um todo só acontece quando um depende do outro, e o que cerceia essa relação é sempre o interesse próprio, nunca o do outro. Caminhar em meio a multidões, cruzar olhares entre milhares de pessoas, e muitas vezes sequer notar que estamos encontrando diversas histórias humanas, como a nossa, em contrapartida o ''tic tac'' do relógio nos lembra que precisamos correr, que a nossa prioridade é atingir as metas diárias impostas por algo ou alguém que servimos em troca do combustível que sustenta nossa doce e ilusória felicidade egoísta.
O ser humano está se blindando a problemas comuns das grandes cidades. Ver uma criança pedindo dinheiro no sinal, um mendigo dormindo na rua e coisas do gênero tornaram-se normal, começamos a adotar linha do filme ''Matrix'', é como se nada fora da nossa bolha fosse real, até o momento que nos atingi diretamente. Falta ao ser humano ser mais humano. Da mesma forma que sonhamos e temos perspectivas favoráveis aos nossos anseios, milhares de outras pessoas têm sonhos que serão, pra sempre, apenas sonhos; e dentro desse número significativo existe uma maioria que não sonha mais, pois a vida se encarregou de construir um muro intransponível entre o real e o fictício. Essas pessoas sequer podem se dar ao luxo de buscar um refúgio ou abrigo dentro da própria mente.
É preciso o ser humano atentar-se ao mundo externo a essa bolha que prende seu egoísmo exacerbado, é preciso entender que por trás do que move o mundo, e, por conseguinte, o ser humano, está também o que mais destrói e nos limita.
Preocupe-se mais com o próximo, e não digo apenas entes queridos, preocupe em fazer o bem não importa a quem. Comece a propagar boas atitudes em meio a uma multidão de olhares mareados e você verá o efeito disso na vida de todos. Bolhas irão ruir através de simples gestos solidários. O ser humano precisa saber do poder que ele tem em mãos, poder capaz de transformar o impossível em possível e metamorfosear em segundos males que nos assolam há anos.
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