segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A saudade no fim de tarde


A lembrança dos amigos,
Rindo, bebendo,
Enlouquecendo...
Risadas, pesadas!
Éramos como uma teia armada.
Frágil e bem elaborada,
Aos olhos nus,
Arquitetada para as impiedosas tempestades,
Sem revelar a fragilidade daquela tênue habilidade.

Partiram-nos, como algo que tinha que ser.
O tempo,
De conchavo com a distância,
Distanciou minha infância,
De amizades, verdadeiras,
Brincadeiras, nostalgia de uma vida inteira.

Tudo vai se partindo na velocidade que
Uma mão se livra,
De uma obra de arte,
De um animal que fez apenas sua parte,
Conheceu e se apegou
O  destino dele apenas se livrou.

Um final de tarde,
Bate a saudade,
Dos xingamentos sinceros,
Como pacto e um elo,
Falsamente indivisíveis,
Entre apertos de mãos invisíveis.